sabe aqueles filmes que te deixam estarrecida,e o motivo não é bem claro,mas te colocam num estado de suspensão nostálgica.
é assim que estou me sentindo até agora...
esse é o primeiro filme onde spike jonze também é o roteirista. os protagonistas são joaquin phoenix, excelente como theodor e scarlett johansson como Samantha, que não aparece no filme mas sua voz traz a tona a mesma força e sensualidade da sua imagem e praticamente rouba a cena.
a direção de arte e também o figurino são impecáveis.apesar de se passar no futuro o filme tem um ar estranhamente retrô e as cores lembram aquelas fotos coloridas com moldura branca dos anos 70, e creio que isso daria uma bela postagem. mas não é disso que tenho vontade de falar hoje...(prá quem se interessar em saber um pouco mais sobre o ótimo figurino do filme é só clicar aqui nessa entrevista com o figurinista casey storm que é colaborador de longa data nos filmes de jonze).
sempre me sinto encabulada de falar demais de um filme, pois eu mesma odeio quando me contam muito sobre um filme que quero ver.
por isso, deixo aqui só algumas impressões pessoais...
prá mim, mais do que a estória de amor entre um humano e um sistema operacional,é uma estoria sobre a dor e o vazio do fim de um relacionamento e o encantamento e ao mesmo tempo as pequenas decepções, medos,inseguranças de se entrar num terreno novo e desconhecido. é uma estória de aceitação das próprias limitações e das do outro,e das possibilidades que se abrem com isso, de entrega e de redenção.
"cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é"
o clima geral de her me trouxe à memória dois outros filmes igualmente marcantes: lost in translation da sofia coppola
e paris texas de wim wenders.
termino esse post deixando apenas uma sugestão,
três filmes, a mesma imagem:
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