segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

DIY ou faça você mesma!

hoje, em meio à recolha dos objetos para a produção que estou trabalhando e que começa amanhã, não conseguimos resolver um último item...eu e a julia não encontramos em lugar nenhum da cidade, (e olha que já estamos rodando a muitos dias)uma ínfima almofada completamente amarela. agora à noite depois desse longo dia até encontrei  a dita no site da leroy merlin, mas foi só um alarme falso, liguei na loja e lá eles disseram que aquele produto estava indisponível aqui.ou seja, voltamos à estaca zero.
até que...



























  
...me lembrei desse corino amarelão que comprei a muito tempo atrás para um outro projeto.

venho de uma geração e de uma cultura familiar que não dava muito estímulo para fazer as coisas com as próprias mãos.seja porque a mão de obra era muito barata, ou porque era mesmo uma questão de status social deixar o trabalho braçal prá quem não teve o previlégio de ir para a universidade...o fato é que nunca me ensinaram a fazer nada, nem um bolo, nem a passar pano no chão,nem a  consertar qualquer coisa. desde pequena escutei que também não tinha muito jeito prá trabalhos manuais por ser canhota. meu pai era engenheiro, um tipo faz tudo e creio que era capaz de resolver qualquer problema ou de construir qualquer coisa que resolvesse se empenhar, mas infelizmente morreu cedo e também acho que ele nem me chamaria prá consertar a máquina de lavar ou algum componente do carro,prá isso ele seguramente, chamaria os meus irmãos. minha mãe sempre preferiu o estilo madame, e sempre chamava alguém prá fazer qualquer coisa prá ela. nunca gostou muito de coisas de casa, nem de coisas como bordados, crochês e costura, tricot até que ela fazia mas também não teve paciência de me ensinar...só quando saí de casa e fui estudar fora, comecei na raça a ter minhas primeiras experiências de fazer coisas cotidianas como cozinhar,pagar contas,arrumar a casa,montar um móvel,etc.,achava muito bacana a idéia de ir ficando auto suficiente,e isso, no fundo me dava uma sensação de muita liberdade...mas com o tempo, e os relacionamentos, parece que esqueci um pouco disso, me acomodei, entreguei demais pros outros,além disso,internamente ainda acreditava que não tinha nascido prá certas coisas como matemática ou  costura, por exemplo. apesar de sempre ter adorado roupas,inventar modelos, desenhar looks, garimpar em brechós, etc., me causava grande frustração não poder fazer eu mesma aquilo que imaginava e normalmente ficava decepcionada com o resultado das coisas que mandava prás costureiras.mesmo assim, não ousava nem pensar em aprender costura, aquilo era um universo impenetrável, e eu só ficava admirando a minha avó por ser exímia costureira e que era a primeira a afirmar com toda sua convicção que canhota NÃO DAVA CERTO!
como já disse antes, saber costurar mudou minha vida. do mesmo modo hoje mais do que nunca, acho que sinto como meu pai,que sou capaz de fazer qualquer coisa a que me propuser.
isso vem menos de uma sensação de onipotência ou egocentrismo e mais de uma situação de necessidade mesmo. porque no momento não tenho ninguém que faça prá mim! e cada vez que consigo trocar a resistência do chuveiro,usar a furadeira e a parafusadeira e fixar uma prateleira na parede,trocar o pneu do carro ou mesmo fazer uma saia godê me sinto muito realizada!
é claro que muitas vezes é exaustivo ter que resolver todos os pepinos sozinha e muitas outras vezes dá vontade de sumir porque parece impossível de fazer...mas aí dou uma respirada e continuo tentando, fazer o que né?
 que tal?
1.perguntar pro google!
2.ter humildade e pedir ajuda pros vizinhos e amigos próximos!
3.colocar o filho no batente!( aos poucos ir introduzindo tarefas e novos desafios domésticos pro meu filho, que quase sempre reclama muito mas que atualmente parece estar ficando mais ligado. volta e meia se propõe a resolver pequenos problemas como consertar a fechadura da porta, o trinco da janela, algum piripaque no computador,etc.,o que o deixa claramente orgulhoso).
4.rezar!!!



















































esse post é dedicado à julia amaral, por motivos óbvios e por ela 
ser em todos os sentidos um dos meus grandes exemplos de "gente que faz". 
:)




2 comentários:

  1. Respostas
    1. querida nane! só hoje vi teu coment e fiquei bem contente, essa postagem é bem importante prá mim e um certo resumo desse meu momento da vida! obrigada tb amei te ver poraqui :) aparece mais!

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